terça-feira, 2 de maio de 2017

Por que o idoso brasileiro precisa de tutores?

Meus amigos, volto ao assunto arenoso dos problemas brasileiros. Mas desta vez tem a ver com a área em que atuo. Os direitos da Terceira Idade. Enquanto a nossa vida já fora do foco de trabalho que cai na ociosidade, fica claro que as pessoas que entram no última fase da vida, a tal terceira idade, se deixam encostar. 

Acabam se entregando aos parentes mais novos, filhos e netos. Uns se ocupam do lazer dos netos, mas acabam ficando reféns em casa, pois o filhos vão à luta, e o custo de pajear netos vale apenas a alegria e orgulho, ninguém contabiliza, o estresse, as dores no corpo e às vezes o desconforto das decepções que acorrem naturalmente.

Digo isso em função das minhas observações por conta do meu hábito e dever, pois cuido da Ong 'Anjos da 3a. Idade' (Instituto Vital do Bem Estar do Idoso). Fico observando tudo que é abuso e desrespeito dos direitos dos idosos segundo o Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003Zelo pelas prioridades deles nos meios de transportes, estacionamentos, bancos, cinemas e teatros.
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 Recentemente observei com muita preocupação o descuido e falta de informação que os nosso queridos 'velhinhos' tem de seus direitos. Apesar de alguns  estarem na cota de 'teimosos e orgulhosos', vejo mais a falta de informação e aceitação tímida da cultura do desrespeito, onde acabam tolerando o abuso por parte das pessoas mal educadas e egoístas, bem natural de pessoas dos grandes centros e em boa parte do povo brasileiro.

Como havia dito, estava recentemente dentro de um órgão público, aliás não faltava informação estampadas nas paredes e corredores, mas pouco efetiva junto aos funcionários e tampouco observada pelos idosos e outros classificados como preferenciais, gestantes, deficientes e outros.


Foto: Jorge Salim
Apesar das informações, poucos se valem de seus direitos. Por que? Faltam informações? Não. Falta é a vontade de exercer esses direitos. Falta é ter conhecimento do teor dessa lei, conhecer o Estatuto do Idoso. Mas o que na realidade acontece, é o total desleixo de mostrarem aos idosos o real valor e a importância da lei.
Enquanto, eles idosos, se comportam passivamente e procuram quem os pegue pela mão, ou seja, aquilo que chamo de tutor ou tutores.

Já é hora de mudarmos essa triste realidade. Precisamos maior empenho e ações junto a esse contingente de idosos e deixá-los mais conscientes da responsabilidade. Precisam saber como exigir seus direitos e atuarem de forma ativa, ninguém se torna incapaz ao atingir a idade de 65 anos. Pelo contrário, chamemos de Melhor Idade, porque é hora de viver com qualidade, e qualidade é saber dos seus direitos.

Exigir respeito aos seus direitos adquiridos. É hora de pararmos com esse mimi com os nossos vovôs e vovós. Devemos ensiná-los a conhecer o valor que tiveram durante a vida de trabalho, onde constituíram famílias e que a lei existe para preservá-los, agora que precisam se manter com a dignidade valorizada. Reconhecida e exercida na plena totalidade. 

Tirem a bunda do sofá. Acessem seus direitos, peçam para os netos lerem o Estatuto do Idoso. Imprimam e coloquem no bolso e saiam por aí clamando pelos seus direitos. Sejam chatos, porém justos. Vamos acabar com essa história de tutela, dó, compaixão, saiam da casinha.

AdendoA Câmara analisa o Projeto de Lei 5510/13, do deputado Henrique Oliveira (PR-AM), que impede o abrandamento de pena em caso de crimes contra idosos julgados em juizados especiais. O texto, segundo o autor, busca pôr fim a dúvidas de interpretação do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03).

domingo, 18 de outubro de 2015

Está chegando a hora de você ajudar o INVIBES.

Nosso projeto de educação, "Agradecemos a Preferência", necessita de contribuições e doações para poder sair do papel.
Trata-se de um projeto de ação junto aos veículos de transporte coletivo, ônibus e trens (Metrô e CPTM) e atividades nos terminais destes mesmos transportes.
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Habilitaremos bonecos que serão vestidos por atores amadores de teatro, que atuarão como nossos voluntários e se apresentando no interior dos veículos, além de interagirem nos terminais, dentro e fora dos ônibus e trens.
Estes bonecos representarão o vovô Vital e sua amada companheira, vovó Vitalina. 

Para isto deveremos investir nas confecções das fantasias destes bonecos, que são do tamanho natural de uma pessoa. 
Na logística de se fazer várias equipes treinadas e distribuídas nos terminais de todos os cantos de S. Paulo. Teremos os custos de armazenamento, transporte e distribuição das equipes. 
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Além do custeio pessoal de todos, alimentação e estadia. Tudo isso gera um custo que não podemos arcar sem ajuda da comunidade. Nosso projeto ainda não está coberto por ajuda governamental e dai a nossa necessidade real das contribuições e doações.
Contamos com qualquer tipo de ajuda. E ainda você vai levar um lindo brinde do Instituto Vital. Uma ampulheta, símbolo do instituto.
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Agradecemos desde já a sua compreensão, colaboração e divulgação. Para facilitar as doações em breve iremos publicar o nosso telefone 0300 e contas bancárias. Comece a pensar na forma de como ajudarmos a vencer mais este obstáculo e mudar as dificuldades que os nossos idosos enfrentam no dia a dia.

Respeito ao Estatuto do Idoso, aos direitos de nossos avós, tios, pais. Eles merecem tudo neste mundo, pois nos deram a vida para nos criarem e protegerem.
Seja voluntário, caso você não possa ser um contribuinte ou doador, ajude-nos na divulgação, indique as empresas que possam doar e nos ajudar neste final de exercício de 2015.

O que podemos dizer mais? Obrigado a todos. O Instituto Vital quer somar, quer mudar este estado de coisas, essa realidade que tanto maltrata as pessoas que necessitam de atenção e acima de tudo respeito.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Um ano de atividades no terceiro setor pela terceira idade.

Hoje o Instituto Vital do Bem Estar Social da Terceira Idade, o nosso querido Instituto Vital, está completando um ano de vida.
Parece pouco, mas não é. Já estávamos em atividade há quase um ano antes de sermos constituídos conforme a lei. Mas esses anos não bastaram.
Precisamos e queremos mais. Desde nosso primeiro desenho para a defesa intransigente dos direitos dos idosos através do que está estabelecido no Estatuto do Idoso, nada mudou.
A sociedade continua virando as costas para os idosos, isso sem dizer o total desrespeito que os governos federal, estadual e municipal dão à terceira idade.
Vemos diariamente escândalos, denúncias de maus tratos nos lares, nas ruas nos hospitais, enfim tratam os idosos com lixo, fardo e que nada fazem, só atrapalham.
Deus é testemunha. 
Vemos hoje uma escalada de desrespeito contra os idosos. Quem passa dos setenta anos é visto como peça de museu e que deveriam ficar em asilos, jogados como descartáveis da sociedade.
Iremos à luta, não vamos nos esmorecer. Quanto mais difícil é mais gostoso de enfrentar. Não iremos desistir, esse verbo não faz parte do nosso dicionário.

Contamos com a ajuda daqueles que querem mudar esse estado de coisas. Vamos seguir adiante, que venham mais anos, e que venha maior dignidade e respeito aos nossos valorosos homens e mulheres que nos prepararam para a vida.
Queremos mudar. E sem a sua ajuda e compreensão, não haveremos de atingir. 

Obrigado aos que acreditaram em nosso sonho, vamos para mais um ano de labuta e busca pela trajetória por dignidade, civilidade, carinho e principalmente generosidade aos mais velhos.
Nós acreditamos. Amém. 

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Por que somos teimosos? Tem cura?

Teimosia
substantivo feminino
1.qualidade de teimoso.
2.teima repetida.

Por que somos teimosos? Tem cura?
O fato de ser teimoso pode acabar com as oportunidades de sua vida, caso não aprenda a ter limites em sua teimosia. Às vezes, manter sua opinião é importante, mas o compromisso e a colaboração também são importantes. Se achar que sempre tenta manter seu ponto de vista, talvez seja a hora de perceber que está exagerando e deixando de participar em muitas atividades, de fazer amizades e até de aproveitar oportunidades de emprego. É o momento de mudar e deixar de ser teimoso. 
Lembre-se que as pessoas precisam relacionar-se e que ninguém é perfeito e nem está certo o tempo todo.

O que acompanha a teimosia? Ah, quer saber? É o orgulho.
A palavra orgulho pode ter uma conotação positiva ou negativa, dependendo do contexto e do sentimento que representa. 
É um termo pejorativo quando se refere a um sentimento excessivo de contentamento que uma pessoa tem a respeito de si mesma, de acordo com as suas características, qualidades e ações. 
Uma pessoa orgulhosa mostra altivez, soberba, vaidade, arrogância, podendo mesmo revelar desprezo em relação a outra pessoa. 

O que é o antônimo de orgulho? Trata-se da humildade.
Virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações; modéstia, simplicidade.

Pronto está finalizada a minha proposta de tese. Teimosia com uma pitada de orgulho e sem a menor modéstia. 
Essa química é a tônica do brasileiro normal que vive o nosso cotidiano. 
Que está nas no seio das famílias, em empresas, nas escolas, nas ruas, nos meios transportes urbanos. 
E é justamente nos transportes que venho anotando, observando e hoje, faço esse testemunho-relato das minhas observações.
Somos diariamente, e porque não definitivamente, teimosos. Eu, tu, ele, nós, vós e eles, absolutamente teimosos.

Pura reação de pessoas orgulhosas, individualistas, sem amor no coração, sem absorver os ensinamentos do Evangelhos do cristianismo.
Por que amar o próximo como a ti mesmo? Profetas como Marcos e Mateus dizem que Jesus dizia da importância desse mandamento, o segundo.
Ambos escrevem: "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que este".

Mas esquecemos disso. Talvez estejamos na cegueira moral e geral. A maldade e a miopia ética se ocultam naquilo que consideramos comum e banal na vida cotidiana. 
A luta diária pela sobrevivência nos molda como soldados infames da vida moderna e competitiva, que nos afastam da generosidade, caridade e humildade.
Quem é bom de índole é alcunhado de trouxa, bobo e outros predicados negativos. Portanto quem é humilde não vence essa competição desenfreada da sociedade. 
Quem quer ser perdedor nessa sociedade cheia de status?
Até o mais simples, aquele menos preparado, sem estudos, quer vencer, e escolhe o caminho às vezes da violência. É o aprendiz útil da perversidade.
Mas mudando de tese para a prática, relato algumas histórias em que presenciei no dia a dia como usuário de ônibus e trens do Metrô e CPTM. 

Como sabem, o meu dever de ofício, utilizo-me desses meios de transportes para verificar o quanto o nosso Instituto Vital precisa atuar em favor dos direitos dos idosos.
E por vezes me deparo com a teimosia de muitos deles. As pessoas oferecem o assento, nem sempre preferencial, mas o orgulho fala mais alto. – Não, minha querida, vou descer no próximo. E acabam não aceitando a gentileza, fato raro nos dias de hoje. Outros nem agradecem, apenas abanam a cabeça, negando a oferta. 

Dia desses, um idoso aposentado morador no meu prédio estava mancando, com dificuldade em andar e perguntei o que havia passado com ele.
– Uhhh, nem te falo! Carregado com sotaque italiano. Eu peguei um ônibus na Vila Mariana com sentido para a Lapa. Uma mocinha até me ofereceu o seu assento. Não aceitei, disse. Ela devia estar cansada após um dia de trabalho e eu estava passeando, permaneci em pé, completou. No caminho, o ônibus foi fechado, freou e uns quinze passaram em cima de mim.
– Era o articulado, estava cheio de pessoas de pé. Bati a perna naquele ferro. Resultado de não ter havido aceito a tal oferta para se sentar.

Vejo todos os dias atos de teimosia. Ora dos idosos, ora dos jovens que não arredam do assento preferencial. Ora dos motoristas que não param na frente do ponto próximo do meio fio, dificultam a descida de pessoas idosas.
Outros não abrem a portam fora do ponto, já que existe uma portaria que diz claramente que devem parar para a descida de pessoas com dificuldades de se locomoverem distâncias longas. 

Lembro de ter visto um ato de rebeldia de uma cobradora que não ajudou uma moça grávida a rodar a catraca e pedir para descer na frente, pois a barriga estava enorme e passar pela catraca afetaria sua gestação.

Atos de teimosia são atitudes insanas e permeiam a condição selvagem dessa nossa sociedade na cidade, no país, no mundo.

Precisamos melhorar as nossas atitudes. Se não pela educação e bons costumes, pelos menos, em nome da generosidade pregada por Jesus.

Está na hora de fazermos algo pelo próximo, a começar pelo respeito, caridade e bondade. Muda sociedade, muda.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Álcool, drogas, nojo e falta de solidariedade.

Hoje, depois de um longo tempo sem inspiração, volto a escrever para o Blog do Vital.
Por que falta de inspiração? Comentei a um amigo que só me sentia movido a escrever, caso estivesse de baixo astral, desmotivado ou até deprimido.
Pois é, nada disso estava acontecendo comigo quando assisti a cenas que me ensejaram esta crônica cujo título fala de álcool e drogas, coisa corriqueira em nossas ruas da capital.
O nojo e a falta de solidariedade, são inerentes do ser humano, principalmente nesta cidade tão cruel, cuja sociedade é individualista ao extremo. 

Então porque escrever? 

Vinha no ônibus, como quase sempre nestes últimos tempos. Entre a saída do terminal e parada no primeiro ponto, coisa de 500 metros, me deparo com uma situação.
Um senhor mulato, nem tanto mal vestido, visivelmente bêbado, permanecia ainda na parte dianteira do veículo, antes da catraca, sem encontrar lugar para se sentar, senta-se na escada de dois degraus no espaço que separa a cabine do corredor que acessa a catraca com o cobrador. Ufa, achou um lugar para se proteger dos solavancos das mudanças de marcha do ônibus, freadas, paradas e etc. 
Ocorre que ingressam passageiros naquele ponto de parada. Uma senhora que queria passar. Pára. O cobrador pede para aquele senhor bêbado para sair do local, estava atrapalhando a passagem de outros que lá entraram no interior do busão.
Ele, praticamente em outra frequência mental, totalmente alcoolizado, não responde, não ouve, não dá bola para os pedidos por parte do cobrador. A velha senhora, cutuca seu ombro e faz sinal com as mãos que deseja seguir em frente.
Ele entende, mas não consegue se levantar, o ônibus está em movimento. Se ele ficar de pé, provavelmente irá cair.
Próxima parada, 300 metros depois. 
Até aí o motorista e outros passageiros já sabiam da situação. Um senhor que estava num lugar reservado aos preferenciais, ao lado da catraca, se levanta e cede o espaço ao nosso amigo alcoolizado. 
Com o ônibus parado a operação é realizada com absoluto sucesso. Aí começa outra questão. O tal "nojo" de que falo no título. Quem iria se sentar ao lado do cidadão que exagerou na bebida?
Daquele ponto até o penúltimo, ninguém se aventurou a ficar próximo daquele sujeito. 
O cheiro forte e risco de vômitos ou outra coisa do gênero, era impedimento para alguém se arriscar.

Mais outro bêbado, mas será o Benedito?

Em outro ponto, quase no final da viagem, entra outro cidadão. Este estava numa espécie de pós-ressaca, provavelmente estava voltando do Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia, na região de Santa Cecília, nos baixos do Minhocão, pois estava com a cabeça totalmente enfaixada.
Ainda cambaleante, deparando-se com aquela escadinha, ficou parado, porém de pé. Será? Perguntei para mim mesmo. De novo? Nesse momento, o nosso primeiro cidadão, aquele bêbado, se levantou e ajudou o colega de agruras. Ficaram lá, meio apertados, porém juntos na desgraça da "marvada".

As chagas de nossa sociedade hipócrita.

Não vi solidariedade dos outros, apenas aquele idoso no começo da viagem, e só. 
Ouvi sim, comentários sobre o estado alcoólico daquelas pessoas. Mas não vi solidariedade, compreensão, benevolência, enfim nenhuma demonstração de atenção ao problemas social, que faz o indivíduo ficar marginalizado e partir para o que é mais fácil e acessível a eles. O álcool, a droga. 
Eu, por exemplo, iria descer alguns pontos antes, mas preferi ficar até o fim. Ir até o ponto final para ver e sentir o término daquela triste viagem daqueles seres humanos abandonados a própria sorte.
Chegada no centro da cidade de S. Paulo. Praça Ramos, próxima do gabinete do nosso alcaide. Baixos do Viaduto do Chá. Lugar de depósito de gente marginalizada, sem a menor ajuda da Promoção Social. 
Ah, sim, não temos verba para esse tipo de ajuda. Temos sim, verbas para as ciclofaixas, placas de 40 Km nas ruas e avenidas, 50 Km nas marginais...

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Quem quer salvar o mundo?

Leve o espírito olímpico para a sua vida.
De tempos em tempos, volta e meia a mídia acorda para algo que deveria ser uma ação permanente, ou seja, uma educação perene, uma participação ativa da sociedade e aos elementos envolvidos neste processo.
Pessoas, cidadãos, população, todos estes envolvidos deveriam ser permanentemente cumpridores de atos e atitudes civilizadas em qualquer lugar em qualquer época. 
Em casa, nos recintos públicos, nos transportes, na rua, enfim em todos os lugares.
O que parece ser obrigação, uma coisa natural, é citada como casos únicos, dignos de exemplos e são comentados como exceção à regra. Viram vídeos que virilizam nas redes sociais. 
São citados em programas e noticiários como um exemplo a ser seguido. Ora bolas, não concordo. Para que ser comentado como algo diferente, algo inusitado, algo que deveria ser seguido como exemplo? 
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O que deveria ser normal é comentado como anormal?

Acredito que deveria ser corriqueiro. Normal, comum, usual e não diferente, ocasional, e não ser festejado como uma atitude anormal. 
Vemos alguns posts nas redes, onde as pessoas comentam incrédulas que um idoso foi despeitado no transporte público não tendo condições de se utilizar do local preferencial.
Vídeos de algumas pessoas fazendo atos agressivos punindo os motoristas de carros que estacionaram em vagas para deficientes, gestantes ou idosos.
Por que tanto espanto nos dois casos. Um que fez algo civilizado e se comportou como um cidadão educado e o outro, quando se aplicou a Lei de Talião, a tal regra dente por dente.
Creio que nos dois casos, por serem exemplos, um de respeito e outro de punição, atinja as pessoas como modelos do comportamento de uma sociedade que se esqueceu de suas atribuições.

De quem é a culpa?

Culpa do Estado? Culpa dos tempos de sobrevivência? Culpa da falta de educação que deveria vir do berço? Culpa do pai e mãe que não mais permanecem com os filhos na infância e saem mais cedo para a luta e sobreviver?
Culpa do sucateamento do ensino, dos governantes que não mais priorizam a educação? Culpa e mais culpa.
Se formos seguir a essa mazela, deveríamos desistir de vez. Liga-se o foda-se, pau nos culpados e aos que dependem da boa vontade dos outros.
Me decepciono ao ver a maioria desistir e os mansos se conformarem. "É assim mesmo, deixa pra lá". O povo, em sua maioria não reage. Ninguém procura lutar em defesa dos outros. Somos individualistas e covardes. 

Aproveitadores, os mesmos oportunistas de sempre.

Ah, tem os políticos, os pais dos pobres. Ledo engano. Políticos e dirigentes religiosos, começam simples e humildes, depois adquirem poder, e principalmente, dinheiro e de repente tudo se transforma. O pai dos pobres, o pastor, o dirigente, todos quando se tornam poderosos, acabam muito ocupados e se esquecem daqueles que acreditaram na causa. É o triste destino do eleitor e do fiel, que se manterão nas calçadas. 
O exemplo deles contamina os segundos escalões e a pirâmide abaixo. Depois disso salve-se quem puder. Os bem aventurados, que ainda existem, seguem a triste sina de continuar a lutar pelos direitos dos mais fracos e desrespeitados.
A mídia com os geniais criadores fazem comerciais e peças de propaganda, mais preocupados em ganhar prêmios nos festivais publicitários, mostram aquele mundo ideal e as redes comentam para mais tarde, aquele mesmo assunto abordado cair no esquecimento.


Tudo de novo.

Depois vem outro grande evento mundial, retomam o assunto, veiculam, virilizam e a coisa se repete. Acho que é hora de uma revolução. Um novo tempo. Começarmos duas linhas de ação. Um, o primeiro, seria o brado dos mansos. Lutarmos pelos nossos direitos. Se for necessário, usar a força. 
Outro dia no trem da CPTM, vi um senhor de idade tirar um jovem do assento destinado aos preferenciais. Dizia ele, que estava exigindo respeito pelo anos que ele havia trabalhado, produziu para a sociedade e que ele, já idoso tinha direito a aquele lugar.
Que aquele jovem aguardasse o seu tempo, que prestasse serviços e que após a longa caminhada fizesse, no futuro, o mesmo que ele. Aquele o senhor de idade, estava fazendo naquele momento o que todos deveriam fazer, lutar pelos seus direitos, mesmo que fosse no grito. Todos os usuários daquele trem se calaram em suas hipocrisias naquele vagão. É esse silêncio que me corrói.
Cumprimentei-o e disse aos mais próximos que lá estavam, que usaria aquele testemunho em meus posts, como faço agora.

Educação, é a única saída. 

A segunda parte, seria a Educação. Exigirmos que estes governos corruptos, que só querem extrair a grana para si próprios, que façam algo para iniciarmos uma cruzada para a educação deste país.
Aqui, faço um exercício utópico em minha mente. Queria que tivéssemos um rodízio de países. Que o Brasil trocasse com o Japão. Que os japoneses tivessem uma larga extensão de terra como nós brasileiros e vice-versa. Que nós brasileiros vivêssemos numa ilha.

Utopia e harakiri.

Como seria? Este país, o Brasil com os japoneses, provavelmente seria o maior do mundo. Na educação, no respeito, na tradição de zelar pelos mais velhos, pelo respeito a natureza, talvez não perderíamos a Amazônia, não teríamos desmatamento desenfreado. 

Enquanto a ilha, provavelmente estaria afundando-se com tanta sujeira, lixos, poluição nos rios, ruas, bairros e cidades. Ninguém estaria andando, porque não haveria espaço para tanto carro estacionado nas duas mãos das ruas.
Com certeza, no primeiro terremoto, não faríamos nada para consertar.

Escolas sujas, carteiras quebradas e com os alunos agredindo aos professores, enfim não mais teríamos o ensino. Greves, assaltos, enchentes, caos urbano, corrupção nem se fala. Se seguissem o Harakiri, estariam todos mortos. Suicídio geral nos escândalos do Mensalão, Lava Jato e outros mais.
Vocês se lembram dos jogos do Japão na última Copa do Mundo? Os torcedores japoneses recolhendo o lixo que foi jogado no estádio, após o jogo terminar. Ouvi-se muito quando saiu nos noticiários que deveríamos fazer igual. Fizemos?
Pobre desse espírito olímpico em nossas vidas brasileiras.
Clique nestes dois links abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=HZbNSsBmNWU&list=PLT-eKM4S_uC_ScdsIBUXGq56RtM4AzEeF 


https://www.youtube.com/watch?v=PXUaUbHwQtg

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Ônibus municipais, um roteiro de horror de filmes B

Terminal da Lapa para o centro de S. Paulo, Praça Ramos.
Um festival de incoerências. Trajeto digno de um roteiro de horror de um filme B.
Desde o ponto inicial do ônibus com destino final o que chamam de Praça Ramos, que na verdade é na Rua Xavier de Toledo.
E o pior, ninguém reclama. Nem o usuário prejudicado pelo péssimo serviço, nem o cidadão que clama por direitos, respeito e dignidade.
Vamos aos relatos. O Instituto Vital deverá promover uma pesquisa urgente com fundos próprios, salvo se não houver alguma entidade, pessoas com visão filantrópica para nos ajudar. 

Pesquisa de campo que falta
Esta pesquisa servirá de embasamento para provar o total desleixo e falta de vontade das autoridades municipais, quer executivo, quer legislativo, empresários das empresas de ônibus e os sindicatos dos motoristas e cobradores.
Numa simples viagem a partir das 10:30 horas, vimos absurdos e porque não, abusos a qualquer dignidade das pessoas, quer idosos, foco principal do nosso Instituto Vital, quer de pessoas usuárias normais das linhas de ônibus.
É sabido que nesse horário o número de idosos é maior do que os outros, por exemplo mais cedo. Esses mesmos usuários da terceira idade, permanecem na frente do ônibus, antes da catraca e em consequência congestionam essa parte do ônibus, que possuí um maior número de assentos preferenciais, em torno de oito lugares dependendo da configuração e tipo de veículo.Também acabam impedindo a passagem de outros que por ventura queiram atravessar a catraca. 

Cadê o cobrador?

Para complicar o cobrador não estava em seu posto de trabalho. Não podemos entender. Como se abre a porta de ingresso de pessoas e o cobrador, que deveria estar lá para validar a passagem dos idosos, não estava. Os outros passageiros que passam apenas com o Bilhete Único, acabam ocupando os lugares e deixam sem opção para os que passarão após a chegada do tal cobrador. 
Isso é de uma insensibilidade ímpar. Resultado, os outros assentos preferenciais acabam sendo ocupados por pessoas que não são preferenciais e o idoso fica de pé. Aquele cobrador, o tal atrasadinho, nem se vale de pedir que o passageiro ceda o espaço ao idoso. Uma vergonha. Quem acaba fazendo isso, no caso, somos nós e para o olhar 33 de quem está sendo convidado a permitir que o idoso se ocupe de seu espaço por direito. Cidadania se faz com educação. E nesse país se vê de tudo, menos a educação. Cada vez mais teremos esses atos de desrespeito, infelizmente.

Segue a aventura

Seguindo para a cidade nos deparamos com o caos do trânsito. A essas horas? Quase 11:00. Ah, são as reformas debaixo do Minhocão. São obras do Haddad. O tal prefeito das ciclovias. Uma verdadeira zona implantada desde janeiro e há quase seis meses deixando o trajeto uma verdadeira rota de guerra no Oriente, como na Síria e no Iraque.
Tem planejamento nessa cidade? Claro que não. Tem ônibus com a configuração para esse número alto de idosos neste horário? Claro que não. Tem cobrador capacitado para exercer e estabelecer a ordem naquele coletivo? Claro que não.

Adotem uma nova ideia.

Nesse caso, vai aqui uma ideia. Porque não o ônibus inteiro ter os assentos preferenciais e em caso de ausência deste, o espaço poderá ser ocupado pelos outros? É de se pensar, não, políticos?
Mulheres com crianças de colo, gestantes, deficientes e até os obesos, em sua maioria ficam de pé. Salvo uma pessoa consciente e educada, vale dizer, que acaba cedendo o seu lugar. Caso contrário, o ônibus é o transporte mais desumano desta cidade. Alô seu prefeito, seus vereadores, autoridades, vamos tomar vergonha na cara e fazer algo. 
Isso ai que está não condiz com o século 21. 
Há modelos que usam coisas dos anos 50. A começar pelos nomes das rotas de ônibus. Algumas ainda usam as trilhas dos antigos bondes. O troleibus por exemplo. A Praça Ramos está longe do ponto final. Mas o nome da rota está lá. Deveria ser rua Xavier de Toledo. E o ônibus nem pára no ponto da Praça Ramos, quando ele faz o caminho de volta para o bairro da Lapa. Fala sério.